A aprovação das contas do ex-prefeito Valter Zimmermann (PSD) por sete votos a favor e dois contra na Câmara Municipal de Vereadores de Barra Velha, na semana passada, também abriu espaço para as justificativas dos parlamentares. Somente os vereadores Sandra Ronchi, do PP, e Carlos Alberto da Silva, o Tinho, do PR, votaram a favor da rejeição. Os demais aprovaram o relatório, deixando de lado a recomendação de rejeição do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE) das contas de 2008 e de mais de cinco anos consecutivos. Entre os vereadores que defenderam a postura protecionista por dúvidas ou falta de confiança nos relatórios do TCE, estava Narciso Vieira Junior (PSD), que em matéria do Jornal do Comércio reconheceu que o ex-prefeito poderia ter errado nas contas, porém alegou que o governo de Zimmermann foi o que trouxe maior número de obras ao município. Já o vereador Jair Irineu Bernardo (PSB) questionou a competência do Tribunal depois que o órgão aprovou aposentadorias fraudadas canceladas recentemente pela Justiça. Jair chegou a dizer que poderia ter mil e um motivos para rejeitar as contas, mas não iria fazê-lo porque o tribunal não é, entre aspas, “poço de responsabilidade”. O parlamentar ainda sugeriu a existência de uma “armação política”, também entre aspas, para desprestigiar Zimmermann. Segundo Jair, não foi a equipe de Valter que enviou a documentação de 2008 para o TCE, mas a equipe do ex-prefeito Samir Mattar, do PMDB. Jair só não lembrou do fato de que o seu próprio irmão, Ivo Bernardo, do PMDB, era e é o controlador da Prefeitura, e se houvesse qualquer armação, não poderia ter acontecido. Para fundamentar a decisão de rejeição, o vereador Tinho considerou válidos os motivos do Tribunal. Segundo ele, não foi a primeira rejeição das contas do ex-prefeito. De acordo com o TCE somente em 2008 houve R$ 1 milhão e 700 mil de recursos fora do orçamento. Na visão de Tinho, obras públicas têm que ser feitas com responsabilidade. Valter foi vereador e prefeito de Barra Velha por duas ocasiões (2001-2004 e 2005-2008). Presidiu a AMVALI em 2005. Durante a administração de Zimmermann as contas da Prefeitura fecharam com déficit orçamentário nos anos 2002, 2003, 2004, e 2005. Já a maior dívida acumulada pelo município aconteceu em 2005, quando R$ 4,4 milhões não tinham verbas específicas para cobrir as despesas. Nos anos 2003, 2005, e 2006, segundo o jornalista Ezequiel Savino, não foram destinados para a área de Educação os recursos obrigatórios determinados pela constituição federal. Entre 2003 e 2007, Zimmermann não repassou o percentual de 60% dos recursos da Educação aos funcionários do Magistério, o que motivou novamente a rejeição do TCE. |
sábado, 5 de novembro de 2011
Em busca da Moralidade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A população ainda não conseguiu entender porque as contas do ex-prefeito Valter Zimmermann foram aprovadas sendo que em todos os anos anteriores também haviam sido REJEITADAS!! O argumento de que ele(Valter) pavimentou a cidade é mentira, pois foram os moradores que "financiaram" as obras pagando o referido calçamento duas vezes, uma com o IPTU e outra com uma "contribuição para melhorias" cobrada "por fora". Uma VERGONHA!!!
ResponderExcluir